Nesse resto de ano começam dias decisivos pra mim. De expectativas. Sempre sofri com expectativas, com as que criava, muito mais com as que as pessoas criavam pra mim. E agora estou assim de novo. Medo de não corresponder quem acredita em mim. Medo do caramba de não conseguir ser o que pensam que vou ser. Sei lá, dá nervoso, medo, ansiedade. Mas sabe o que estou aprendendo e acho que é coisa de gente grande? A expectativa tem que ser minha. Do tipo: Eu vou ser o que? O que eu quiser, oras.
Se eu penso em fazer psicologia, pouco me interessa quem esperava que eu fosse tentar enfermagem, direito. É assim que quero, perder o medo de que as pessoas me amem menos porque eu não fui, nem fiz aquilo que elas acreditavam que faria. Até porque, se amar menos, é porque não tem que tá aqui na minha vida, não veio pra preencher. Quem mais ama, aceita as escolhas, mesmo que discorde. Essa maneira de pensar é tão madura, mas o processo é tão doloroso.
É preciso olhar pra mim, ter coragem de me enxergar e coragem de assumir quem sou, independente de alguém, independente dos sonhos que fizeram pra mim e não perguntaram se eram meus também. Estou tentando, tentando ser, fazer o que acredito. E daqui em diante, o medo de não corresponder as expectativas vai ser de mim para comigo mesma. Obrigada.